Olá amigos. Farei aqui uma análise rápida do que foi o Bavi de ontem do ponto de vista tricolor, porém focando na parte tática e técnica do Esquadrão de aço.

Considero que o Bahia, que encarou ontem um adversário difícil, em um jogo muito equilibrado, teve uma ligeira superioridade, isto comprovado não só visualmente, bem como pelos números, onde o Bahia teve mais posse de bola, 53% contra 47% do adversário, mais finalizações, 16 contra 12 do rival, bem como, mais chances claras de gol, em minha opinião, 2 contra 1, e o time de Cristóvão ainda teve mais desarmes, mostrando força de marcação. Mas, ressalto que, foi uma ligeira, discreta superioridade, o jogo foi equilibradíssimo.

Falando um pouco da parte tática, Cristóvão Borges não mudou muito do que vinha fazendo, ou seja, o time entrou, especificamente falando do meio de campo, com um volante centralizado protegendo os zagueiros, Feijão, um pela direita, Rafael Miranda e outro pela esquerda, Hélder, sendo que este, além de ter a função de marcar no meio e cobrir o lateral, tinha também que armar as jogadas de ataque, acionando Wallyson e Fernandão, com o auxílio de Talisca, que jogava aberto pela direita e também tentou criar, mesmo que com menos intensidade.

A defesa foi o de sempre, dois zagueiros plantados, com os laterais apoiando alternadamente. O ataque com Fernandão centralizado, Wallyson como o “meia de beirada pela esquerda” e Talisca o “meia de beirada pela direita”, sendo que  ambos tinham o compromisso de voltar pra marcar o lateral adversário.

Desta forma, com muita aplicação tática, vontade e certa qualidade, o Bahia voltou a fazer boa partida, coisa que não houvera feito no último jogo contra a Ponte Preta, e poderia ter saído vencedor do Bavi.

Destaques individuais

Titi: Ótima partida. Seguro, aguerrido, ganhou quase todos os lances contra o veloz e habilidoso argentino. Está voltando a ser o Titi que a torcida aprendeu a gostar.

Feijão: Ótima partida. Atendendo as expectativas de quem o conhece da base, marcou forte, com muita velocidade e dinâmica, praticamente anulando o bom meia Renato Cajá. O garoto da base ainda demonstrou personalidade em arriscar sair ao ataque, coisa que Fahel, por exemplo, não tem qualidade para fazer. No entanto, em alguns lances, Feijão ficou um pouco nervoso, com alguns erros de passe, o que é natural para quem veio da base para ser titular em um jogo importante, difícil e cercado de expectativa como foi este Bavi.

Hélder: Ótima partida. Não é excepcional, mas o time com ele é outro. Forte na marcação, cobrindo bem o lateral esquerdo, e com a bola no pé, na hora de armar a jogada, quando não é preciosista e às vezes displicente, torna-se um maestro. Responsável pela criação da maioria das jogadas de ataque do Bahia, Hélder, mais uma vez, como houvera feito nos jogos contra Botafogo e Vasco, deu uma belíssima assistência para Fernandão, que poderia ter matado o jogo. Assim como ano passado (2012), no Bahia de Jorginho, que utilizava esquema semelhante ao de Cristóvão, Hélder é titular absoluto e peça importantíssima para fazer o time jogar.

Anderson Talisca: Boa partida. Apesar de ainda demonstrar o preciosismo e displicência, que precisam ser corrigidos o quanto antes, Talisca fez boa partida, auxiliando Hélder na criação, com bons passes, acionando Madson pela direita, fez algumas viradas de jogo com qualidade e arriscou chutes ao gol, como na oportunidade em que obrigou o goleiro adversário a fazer bela defesa. Porém, penso que ele poderia render mais como um 3º volante pela esquerda, mesma posição que Hélder, embora hoje, penso que ele seria reserva nesta posição.

Wallyson: Ótima partida. Fez uma dupla função, como o esquema exige, atacando pela esquerda quando o time estiva com a bola, e voltou para marcar, fechando o espaço do lateral adversário quando o time esteve sem a bola. Wallyson cumpriu bem as duas funções e especificamente no ataque, levou muito perigo ao adversário, ganhando quase todas as jogadas por aquele setor.

Creio que, embora com limitações e ainda precisando de reforços, com o esquema adotado por Cristovão, reconhecendo as limitações, primando pela aplicação tática, poder de marcação e velocidade nos contra-ataques, o Bahia está no caminho certo para fazer um Brasieirão tranquilo, sem sustos, sem máquina de calcular no final da temporada. Vamos torcer para que continue assim até o final.

Esta foi minha visão do Bavi. E a sua qual foi? Concorda, discorda? Tem algum outro destaque do jogo? COMENTE. Sua opinião é importante e enriquecedora.

Forte abraço


Luccio Valverde

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