Após uma longa e extenuante trajetória, chegamos aos momentos finais e cruciais desta jornada. A disparidade de teorias mostram que estamos inseguros com relação ao futuro próximo e que ainda não conseguimos, completamente, enxergar o que deu errado ou o tamanho do problema. Mas, o futebol é uma caixinha de emoções e surpresas. Desta forma, vamos saborear ou até mesmo deglutir estes momentos torcendo pelo melhor.
O Tsunami Charles.
Parece até brincadeira que após imensa relutância, o Presida do Bahia trocou o treinador e arregimentou Charles para comandar o esquadrão. Ironia do destino, o técnico (ou projeto de técnico) que foi esnobado no princípio da temporada virou o salvador da pátria. Na minha modesta opinião, entendi este movimento como uma sútil jogada de toalha, uma carta na manga que o presida guardaria em caso de insucesso. Como os Deuses do futebol odeiam a lógica, Charles deu uma nova feição ao Bahia e permitiu ao time ganhar um novo gás na reta final. Se o futebol da equipe não foi radicalmente melhorado, não podemos negar que ele conseguiu ser um fator positivo e decisivo.
De qualquer forma, a esta altura do campeonato, ninguém está muito preocupado com esquema tático ou quem é o treinador. A ânsia da torcida se dirige frontalmente na direção da conquista de pontos e no fim do martírio. As prosopopeias podem ficar para depois do último jogo. Agora o foco e a torcida são para as necessárias Vitórias e o desejado acesso.
Professor Mancini, sempre ele.
Do lado do rubro-negro, o que era céu de brigadeiro começa a se transformar em mar revolto com um acumulo impressionante de cumulus ninbus. Ainda que não seja muito afeito a defender treinadores, não consigo enxergar culpa no treinador Mancini com relação ao decréscimo técnico e a perda de preciosos pontos em rodadas decisivas. Comparando o início da temporada com o atual momento, acho que o trabalho de Mancini foi excelente. Claro que isto não significará nada, caso o Vitória não consiga o acesso. Mesmo tendo figurado na liderança da competição e até pouco tempo ter tido boas condições de vencê-la. Como todos nós sabemos, a bola pune e apesar de uma ótima recuperação na temporada, permanecer na série B será visto como um rotundo fracasso. De qualquer maneira, tendo ouvido os comentários e a postura do treinador do Vitória, acompanhado as suas escolhas para formação do time e acho que não teríamos ninguém melhor preparado para conduzir o Vitória nesta fase da competição. O que menos a equipe necessita agora é de desespero. Ela precisa estar focada, tranquila para conquistar os pontos necessários.
Mais um capítulo.
Nesta primeira leva de emoções o Vitória saiu triunfante do confronto com o Macaé e o Bahia contrariou a lógica, os prognósticos, a história e todas as razoáveis convicções futebolísticas quando foi derrotado em casa pelo Santa Cruz. Talvez já seja o momento de revermos conceitos arraigados no passado, fazer uma releitura da nossa trajetória e perceber que quem um dia foi, pode ser que não continue sendo. O melhor exemplo é a seleção brasileira, que se apequenou.
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